14 julho 2011

Despedidas

(uma espécie de "quem sou eu" e um "tchau")

Então, sou Caroline, nasci em Frederico Westphalen (norte-noroeste do RS).
Em 2009 fui a POA estudar Letras, Bacharelado em Tradução; fi-lo até o 5º semestre do curso, e 3º na ênfase de Italiano. Foi envolta por este ambiente da Letras que comecei o blog. Iniciei com os textos literários que criei no curso, depois, fui fazendo daqui um lugar para extravasar ideias, pensamentos sobre as coisas. Narrei algumas das bizarrices que vivi em POA, como conversas com estranhos e assaltos amigáveis.
Morei na CEU - Casa do Estudante Universitário da UFRGS. Sobrevivi.
Sempre gostei de ler romances, e sempre gostei de estudar Português.
Toco violão, canto razoavelmente.
Dizem que sou comunicativa, sorridente, alegre. Sorridente sou mesmo!:  =D

Atualmente, comecei a rumar por outros caminhos, caminhos que são mais fortes que qualquer outra coisa na minha vida. Aqui, então, me despeço e encerro as postagens do blog.
Enquanto essa ferramenta não sair do ar por falta de atualizações ou cliques, que ela paire pela rede e caia nas pesquisas google...



        Pra onde vou?
                     Para um pedacinho do céu...

22 junho 2011

Falta amor interior...


Trabalhando aqui nas Análises de Discurso, encontro notícias a respeito do STF (Supremo Tribunal Federal) legalizar as marchas da maconha, o argumento é a liberdade de expressão. Concordo com a liberdade de expressão, concordo em as pessoas serem livres para seguirem os ideias, ideologias e utopias que bem entendem. Mas... tenho uma certa pena por essas pessoas...
No início, assim que comecei a morar na Casa do Estudante da UFRGS, fui me adaptando ao que a mim era imposto, o cheiro da maconha 24h por dia a vagar nos corredores. E vi que tal erva é extremamente comum aqui nesta cidade, no ambiente jovem e adulto.
Depois, veio a fase da irritação, tal cheiro me incomodava e às vezes a mongolice nas quais ficavam os usuários também me deixavam impaciente.
Depois, há não muitos meses, veio a pena...
Sério, é pra ter pena...
Há pessoas que não tem o suficiente dentro de si para "serem" feliz, elas apenas "estão" felizes por alguns momentos, mas não têm felicidade integralmente, em plinitude. E as drogas, o álcool, as festas barulhentas, auxiliam nessa descontração e adquirimento de uma alegria momentânea.
Mas de que adianta ter essa alegria só em momentos, sendo que depois do efeito eufórico vem a depressão?
Por que usar componentes para criar satisfação ao próprio corpo ao invés de tentar encontrar uma forma de viver a felicidade e o amor plenos, sem precisar se drogar ou estar em uma festa de som ensurdecedor? (não falo de yoga, que fique bem claro).
O fato de as marchas estarem liberadas me perturba de menos. O que me preocupa é o interior das pessoas que vivem de tal forma... Saber que há tantos que não são felizes em corpo e mente, corpo e alma, corpo e espirito (seja qual for a divisão que tu preferes) e apelam para "ferramentas" que auxiliam apenas o corpo.

18 junho 2011

Os contradizentes alunos da UFRGS


É inacreditável como esse povinho defende tantas bandeiras, grita alto por tantas ideologias, mas não tem noção de respeito.
As festas no DCE tornaram-se semanais, todo fim de semana é aquela barulheira da meia-noite às 6h da manhã. Dormir? Nem sob remédios e tapões nos ouvidos.
Povinho que defende ideias mas não tem noção de respeito. Que ficam defendendo os Ches e os Marxs mas não tem capacidade de interiorizar o que eles mesmos pregam: "que o espaço de um sujeito vai até onde começa o espaço do outro". Fazer uma festa que não permite que ninguém durma é respeitar o espaço do outro? Não me parece...

10 junho 2011

As pessoas não expõem seus sentimentos!

Mais uma sobre o mundo frio.

De repente, subitamente, eu morro, mudo de país, vou viver no exílio. Como ficam as pessoas com as quais eu convivo? Será que aquelas que amo sabem que eu as amo?
Já ouvi e li muitas historinhas sobre o filho arrependido que não conseguiu dizer para seu pai que o amava, e no dia da morte deste pai o filho deu-se conta. Já ouvi histórias de meninos/as que se arrependeram de não terem dito a outros meninos/as que por eles estavam apaixonados. Já ouvi a expressão "Poxa, se eu tivesse dito!" ou "Poxa, se eu tivesse dito isso antes!".
Então, mexa-se.
Se tens um amigo e gostas verdadeiramente dele, diga isso a ele! Falta coragem, dá vergonha (especialmente se for do sexo oposto, não? fica parecendo cantada...), mas se esforce! Podes escrever recadinhos nas ferramentas online, em torpedos de celular, mas tente dizer pessoalmente. A amizade se cultiva interiormente, mas faz muito bem à pessoa ouvir do amigo que aquela é querida por esta. Sei que a amizade se manifesta em ações, na convivência, mas emita isso em palavras!
É importante saber-se amado e deixar saber aos teus queridos que tu os ama. De repente tu desaparece e eles ficam com o sentimento de "será que ele/a se importava mesmo comigo?".
Timidez, vergonha... sei das dificuldades. Mas essas barreiras devem ser vencidas. Nada de conseguir expressar sentimentos apenas quando se está bêbado! Diga a seus amigos o quanto eles são importantes pra ti, lucidamente, pessoalmente!
Vale a pena.

02 abril 2011

Crie possíveis possibilidades!


Às vezes estou para andar na rua e notar as pessoas. Ontem, dentro de um ônibus, indo para o câmpus onde tenho aula, vi um rapaz descarregando caixotes de cima de um caminhão, em direção a um armazém. Olhei-o por uns 8 segundos, e, tomada por um devaneio, fiquei a pensar... qual será a vida desse rapaz?
Não é fantástico pensar que cada pessoa que você vê (e aquelas que você nem vê) tem uma complexa vida por traz da carcaça que é o copo físico? Que aquela pessoa tem (ou não) família, casa, trabalho, estudos, problemas, amigos...? O que será que ela faz? O que ela gosta de fazer? Pra que time ela torce? Qual será a sua crença? Será que é feliz?
E os mendigos, então? Que história há por trás daqueles seres rejeitados? Será que ouve rejeição ou foi auto-exclusão? Será que eles têm família? Será que eles têm algum familiar vivo? De onde será que eles vieram?

Extraordinário.
É extraordinário pensar na complexidade que é uma vida, e pensar que cada ser humano tem uma complexa vida.
E da mesma forma que ninguém tem a impressão digital igual a de ninguém, ninguém tem uma vida igual a de ninguém, com idênticos fatores familiares, sociais e pessoais.
As possibilidades de criarmos histórias para os viandantes são infinitas.

22 fevereiro 2011

Apenas três


Apenas 3 pratos na mesa. Apenas 3 toalhas de banho. Apenhas 3 jogos de lençóis. Notações que minha mãe fez e que me fizeram devanear...
Eu, que estive de passagem pela casa dos meus pais, é que estou sentindo o coração quebrado por imaginar minha mãe colocando "apenas 3" coisas na mesa, nos quartos, no banheiro.
(Se isso parte meu coração, imagine o dela).
Eu chorava quando os números da casa passaram a ser 4 e não mais 5, desde quando um dos meus irmãos saiu de lá.
Mas agora... apenas 3!
Meu coração fica murcho quando penso no que meus pais sentem ao ver esse vazio que lá fica.
Por alguns anos ainda, lá as coisas estarão apenas no "3". Mas, quem sabe um dia, eu cante:

Caminhos Para Regressar
Letra: Salvador Lamberty
Música: Sérgio Rosa

Mesmo que a saudade me obrigue a voltar
Estou de partida prá o Alto Uruguai
Adeus gauchada de tantas paragens
Só esta amizade, que comigo vai.
Vou pegar carona no clarão do luar
Vou beber da água mineral que tem por lá
Deixo o pensamento plantando caminhos
Guardando carinhos, prá eu regressar

Eu vou voltar prá Frederico Westphalen
Eu tenho alma e coração de ametista
Na minha arte se embala o meu Rio Grande
Onde floresce o meu amor regionalista

Eu trago nos olhos a fibra de um povo
Em tons multicores das pedras preciosas
E levo a grandeza da arte gaúcha
Na doce ternura de um botão de rosa.
Vou pegar carona no clarão do luar
Vou beber da água mineral que tem por lá
Deixo o pensamento plantando caminhos
Guardando carinhos, prá eu regressar.



Sim, a canção expressa a possibilidade, a esperança que alegra.
Uma dorzinha a ser sanada.